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Guia completo sobre manutenção preventiva de carros

Todos sabemos que os automóveis são um passaporte para a liberdade. Apesar disso, existem detalhes aos quais os proprietários precisam ficar atentos, garantindo a durabilidade desse bem ao longo dos anos. Nesse sentido, poderíamos falar da importância dos seguros, mas existe uma necessidade ainda mais recorrente: a manutenção de carros!

Esse é o procedimento responsável pela saúde mecânica do veículo, sendo fundamental que o proprietário preste atenção no calendário de revisões, sempre respeitando as datas e os períodos de substituição das peças. Assim, se garante o melhor desempenho possível do automóvel.

Por isso, elaboramos este post especial sobre o tema. Aqui, você aprenderá as principais curiosidades no assunto, entendendo os intervalos de manutenção, os aspectos que influenciam na depreciação do seu carro e muito mais! Portanto, não perca tempo e acompanhe esta leitura!

1. O conceito e o momento adequado da manutenção preventiva

De certo modo, existem dois tipos de manutenção que importam para o consumidor final, a corretiva e a preventiva. Como o nome sugere, a manutenção corretiva é encarregada dos reparos cruciais, ou seja, ela só é necessária depois que algum problema já aconteceu.

Por outro lado, a preventiva trabalha justamente na prevenção desses problemas, examinando o desgaste nas peças antes que ele se alastre para os demais componentes do veículo. Por conta disso, é possível entender os dois procedimentos de uma maneira bem ilustrativa:

  • a manutenção preventiva é simples e econômica, como, por exemplo, a reposição de água e fluido no motor. Por isso, ela é capaz de evitar grandes prejuízos;
  • a corretiva é necessária quando o proprietário foi negligente, ignorando os procedimentos acima. Então, o motor superaquece e funde, exigindo uma retífica completa.

Mas esses não são os únicos exemplos, pois dentro da preventiva existe uma série de procedimentos rápidos e fáceis, que evitam que o proprietário circule de maneira irregular, como a verificação do estado dos pneus, lâmpadas, faróis e afins.

Então, chega a hora da verdade: qual o momento certo para realizar a manutenção preventiva? Bem, essa resposta pode variar um pouquinho de acordo com o seu carro, já que algumas montadoras escolhem intervalos mais longos para as inspeções.

Mas, geralmente, esse período é indicado no manual do veículo, sugerindo o checkup a cada 10 mil quilômetros rodados ou seis meses, o que acontecer primeiro. Com isso, as fabricantes conseguem atender todos os consumidores, independente da intensidade do uso.

2. Os aspectos que mais influenciam na depreciação

O estado da pintura, a condição dos pneus e a conservação da lataria — de maneira geral, esses são os principais critérios que interferem no valor do seu modelo no mercado. Inclusive, esse é um ponto muito interessante para se discutir dentro desse tema, pois a manutenção pode ajudar muito na sua capacidade de trocar de carro no futuro. Entenda!

2.1. Pintura

Mais de 70% da superfície de um carro é lataria. Com toda essa área visível, é comum que a pintura tenha um peso tão grande na depreciação do seu carro. Basicamente, existem dois pontos que fazem com que uma pintura despenque o valor de um modelo no mercado: o estado de conservação e a cor.

A conservação é um fator de simples compreensão: quanto mais desbotado ou riscado o carro estiver, mais a imagem da mercadoria será prejudicada aos olhos do comprador, que pode entender como desleixo por parte do antigo dono.

O segundo ponto é o mais complicado. Cores sazonais e geralmente vinculadas a edições especiais ou de lançamentos costumam colocar o preço de um carro em queda livre. Isso inclui colorações como amarelo, laranja, azul claro, bege, verde pera e muitas outras. Em carros esportivos, isso é ignorado com facilidade, mas entre os veículos populares, preto, prata, branco e cinza reinam absolutos.

2.2. Pneus

Em um ponto de vista bem-humorado, os pneus são os sapatos do seu carro. Quando estão carecas, acabam passando a mesma impressão de um calçado gasto e sem sola. É por isso que uma das coisas mais importantes no momento da revenda é trocar o jogo de pneus, aplicando uma camada de graxa para realçar a limpeza e a aparência nova do conjunto.

2.3. Lataria

Esse é um aspecto complementar da pintura. Uma lataria em bom estado não apresenta furos, riscos, amassados e nem nada do tipo! Assim como a pintura, a carenagem pode ser danificada pela exposição ao clima, sofrendo corrosão por maresia, umidade ou até mesmo oxidação e descoloração por conta de pássaros. No mercado de revenda, não há como escapar disso: o carro ideal precisa ter uma aparência perfeita!

3. O checklist definitivo para a manutenção de carros

Então, chega o momento de aprender todos os componentes examinados, item por item. Mas antes é importante responder outra dúvida comum do futuro proprietário: qual é a média do custo de manutenção? Bem, essa também é uma resposta que varia conforme o modelo.

Normalmente, as montadoras oferecem planos de revisões programadas, que podem ser embutidas no financiamento, garantindo que o proprietário atenda as datas, pois já estão pagas. Mas, como sempre, os valores podem variar, ainda mais quando os veículos não estão cobertos pela garantia.

Para todos os casos, o CESVI (Centro de Experimentação e Segurança Viária) elabora anualmente um estudo muito completo para responder essa curiosidade, o Índice de Manutenção Veicular, também conhecido como IMV. Essa pesquisa contabiliza os principais gastos com mão de obra e manutenção ao longo dos primeiros 100 mil quilômetros.

Então, os veículos são classificados em uma pontuação de 10 a 60, em que o menor valor significa o melhor resultado. O melhor escore possível, de 10 pontos, corresponde a R$ 5 mil em gastos a cada 100 mil km rodados. No entanto, o carro com a melhor pontuação registrada é a alcançada por alguns compactos populares, como o Celta, Etios e Gol, com 20 pontos, equivalendo a R$10 mil a cada 100 mil km.

Se você tem interesse em conhecer os carros com a manutenção mais econômica do nosso mercado, basta acessar a ferramenta do IMV e filtrar o veículo por montadora e nome. Agora, vamos às peças!

3.1. Alinhamento

Muitas vezes, o condutor percebe essa necessidade ao notar que o veículo não segue uma trajetória reta, mas, sim, puxa para um dos dois lados. Outro exemplo é o volante duro, que embora não impossibilite a condução, deixa a tarefa muito mais desconfortável.

Seja qual for o problema que você esteja enfrentando na direção do veículo, o alinhamento das rodas provavelmente é a melhor solução. Existem casos em que é o mecânico que percebe a necessidade do procedimento, pois, como o desgaste acontece lentamente, o dono mal o percebe.

3.2. Rodízio de pneus

Nem sempre é possível utilizar trajetos em condições ideais, não é mesmo? Além disso, boa parte da pavimentação nacional costuma apresentar falhas e irregularidades. Com o tempo, os pneus do seu veículo se desgastam de maneira desigual, por atravessarem mais buracos ou suportarem mais peso.

É para isso que existe o rodízio de pneus. O procedimento é barato e não exige a compra de um novo jogo, pelo contrário! O rodízio aproveita os pneus que você já tem, mas troca as posições deles. Assim, você consegue equalizar o desgaste entre os pneus, facilitando a troca do conjunto completo quando necessário.

3.3. Correias

As famosas correias dentadas: o que essa peça tem de conhecida também tem de importante, pois, veja, quando a correia se rompe, o motor deixa de funcionar, já que não há como transferir o torque mecânico sem esse componente.

Pior do que isso é quando a correia arrebenta com o carro em funcionamento, prejudicando as peças paralelas. Aqui, a manutenção preventiva faz o mesmo que em todos os outros componentes: verifica o estado de conservação e, se houver sinal de desgaste, o mecânico recomenda a substituição, evitando que o problema aconteça com você no meio da estrada.

3.4. Radiador

Aqui, nós voltamos ao exemplo lá do início deste post. O sistema de arrefecimento do seu carro é responsável por refrigerar os componentes internos do motor, fazendo com que o conjunto mecânico mantenha uma temperatura operacional boa, ou seja, nem muito alta, nem muito baixa.

Quando a água no reservatório do radiador acaba, não existe líquido para resfriar o motor. Então, o proprietário tem de encarar seu carro emanando fumaça e fundindo. Via de regra, a fundição de um motor sempre será catastrófica, pois arrebenta com o monobloco, tornando o carro em um peso de papel.

3.5. Óleo

Além da água, o óleo é outro recurso indispensável para um veículo a combustão. Como esses motores trabalham em altas temperaturas, é bastante comum que as câmaras internas fiquem secas e cada vez mais abrasivas e vulneráveis ao desgaste. É para contornar esse problema que existem os óleos de motor.

A reposição do nível do óleo é simples e, assim como completar a água do radiador, também pode ser feita pelo proprietário, desde que o veículo esteja frio, desligado por alguns minutos — o que é importante para evitar acidentes e queimaduras causadas por respingos.

Além de refrigerar as tubulações e câmaras internas, o óleo lubrifica as paredes e, por meio da pulverização, atinge as peças de todo o motor. Isso faz com que o conjunto trabalhe de maneira mais fluida, sem travas, resistências ou engasgos.

3.6. Vidros e palhetas

Toda superfície envidraçada é fácil de examinar. Inclusive, vale lembrar que o seu para-brisa não pode apresentar trincados, pois você corre o risco de tomar uma multa. A manutenção preventiva realiza a substituição dessas peças, evitando que o desgaste avance ainda mais.

3.7. Eletrônica

Lâmpadas, lanternas, piscas, faróis e afins. Basicamente, tudo que é eletrônico em um veículo deve ser submetido à inspeção da manutenção preventiva. Isso pode valer ainda mais para os modelos mais atuais, já que boa parte deles conta com assistentes eletrônicos de tração e estabilidade.

Portanto, o checkup é uma etapa importante, que poderá recarregar a bateria, sugerir a substituição de lâmpadas antes que seja multado e evitar que você perca o controle do veículo por uma falha geral no sistema eletrônico. Normalmente, as oficinas utilizam um scanner OBD, conectado diretamente no veículo e realizando um rápido diagnóstico.

3.8. Carenagem

Lataria e pintura. Sim, existem procedimentos específicos na preventiva para evitar problemas nessas áreas, pois, como já sugerimos, o cuidado com a carenagem do seu carro é determinante para o valor de revenda no futuro. A pintura pode ser tratada com novas mãos de tinta, retoques pontuais ou polimentos. Já a lataria tende a receber cuidados especiais, pois precisa reparar furos, rachaduras e arranhões profundos, aplicando massa, polindo, dentre outros serviços de funilaria.

3.9. Câmbio

Se o seu carro tem transmissão automática, aqui entra a importância do óleo para os sistemas de câmbio. Assim como nos motores, o fluido tem a capacidade de lubrificar, refrigerar e otimizar o desempenho do conjunto, eliminando engasgos e combatendo o desgaste.

3.10. Injeção eletrônica

Responsável por injetar combustível na câmara do motor, a injeção eletrônica é fundamental para a economia de combustível. Com uma peça gasta ou não funcional, existirão duas possibilidades: ou o motor não liga ou ele funciona, mas com um consumo mais alto do que o normal. Para todos os casos, a manutenção avalia o desgaste da peça e a substitui sempre que necessário.

3.11. Balanceamento

A pavimentação de má qualidade pode ser bastante severa com os carros nacionais. Por conta disso, o balanceamento é um procedimento indispensável, pois com o tempo — e após muitos buracos — o veículo perde o centro de equilíbrio, depositando mais peso em algumas rodas e inclinando a carroceria.

No fim das contas, isso causa um desgaste severo e desequilibrado entre as peças, prejudicando componentes da suspensão, freios, pneus e afins. O balanceamento retorna o caro para o seu ponto de equilíbrio, corrigindo o sintoma de trepidação no volante acima dos 50 km/h.

3.12. Ar-condicionado

Mais precisamente, o filtro do ar-condicionado. A depender da região em que você faz os seus percursos, o filtro pode se desgastar muito mais rápido, e a troca desse componente é fundamental para a saúde dos ocupantes do carro. Essa peça é responsável por absorver todas as impurezas do ambiente, impedindo que elas acessem a cabine.

Quando o filtro está gasto (saturado), ele perde sua habilidade de absorção. Inclusive, aqui vai um lembrete importante: filtros não podem ser lavados e reutilizados, pois são fabricados em uma fibra muito sensível, que perde sua funcionalidade após a lavação ou o desgaste total. O filtro sujo deve ser trocado por um novo.

Normalmente, a recomendação de troca é a cada 6 meses, mas isso pode variar conforme a rigorosidade do seu ambiente. Áreas urbanas e rurais costumam apresentar maiores níveis de fuligem, poluição ou poeira e, por isso, conseguem desgastar um filtro mais rapidamente.

Inclusive, o filtro do ar-condicionado é a peça ideal para encerrar este post sobre manutenção, pois, além da durabilidade do veículo, também impacta na sua saúde e qualidade de vida. Portanto, sempre reforce o hábito de atender as revisões e manutenções preventivas. Assim, você consegue o melhor que o seu carro pode oferecer.

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Marcos Junior

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