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Como a queda da taxa de juros influencia nos empréstimos e financiamentos?

queda da taxa de juros
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Você deve ter visto nas notícias ou mesmo na timeline das suas redes sociais: os juros no Brasil chegaram a níveis bem baixos, depois de consecutivas quedas. Para se ter uma ideia, a SELIC, referência básica para os juros cobrados no país, caiu para 4,5% ao ano, menor número desde 1999.

Mas como a queda da taxa de juros afeta o cotidiano? Para entender isso melhor, vamos abordar, neste post, de que maneira as mudanças recentes na SELIC impactam empréstimos e financiamentos e como é possível se beneficiar com isso. Boa leitura!

O que é e como funciona a SELIC?

A função da SELIC é estabelecer o patamar básico de juros da economia nacional. Ou seja, quando você ouve que a SELIC foi aumentada ou reduzida significa que as taxas de juros utilizadas como referência no Brasil sofreram alteração. O que pouca gente sabe é que, na prática, existem duas taxas SELIC, calculadas de forma totalmente distintas.

A palavra SELIC é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Essa plataforma é utilizada pelos bancos em operações de crédito de curtíssimo prazo (na maioria dos casos, de um dia) para que eles possam manter seus caixas equilibrados. Essas transações utilizam como garantia títulos públicos, e, a partir da média dos juros cobrados nos empréstimos entre as instituições, obtém-se a chamada taxa SELIC over.

Quem determina qual será a SELIC?

De todo modo, a taxa SELIC definida a partir das transações feitas pelas instituições financeiras provavelmente não é a com que você se depara nas notícias. Essa é a chamada SELIC meta, estipulada pelo COPOM (Comitê de Política Monetária), que é vinculado ao Banco Central e se reúne a cada 45 dias. As decisões que saem dessas reuniões são sempre cercadas de expectativa e ganham bastante destaque na mídia.

A função do COPOM é estabelecer a política monetária da economia nacional, e a SELIC é justamente o instrumento de que ele dispõe para isso, uma vez que ela afeta diversos aspectos do cenário econômico. Com alguns exemplos, fica mais simples entender o impacto da atuação do COPOM nos nossos bolsos.

Os componentes do COPOM têm como principal função definir qual será a Taxa SELIC, certo? Mas isso não é feito de qualquer forma, sem nenhum parâmetro. Para tal, são analisadas diversos aspectos, como a atividade econômica do país, as variações das taxas de câmbio de moeda estrangeira e, principalmente, a inflação. Ao divulgar a nova taxa de juros, o órgão também elabora atas, dando transparência aos motivos que levaram àquela decisão.

E o que a SELIC tem a ver com a inflação, fenômeno que se caracteriza pelo aumento generalizado e prolongado dos preços, afetando o poder de compra da população? A partir das metas de inflação estabelecidas, o COPOM precisa agir, mudando os juros sempre que o aumento dos preços parecer estar saindo do controle. No sentido oposto, inflações domadas permitem que a taxa de juros seja progressivamente reduzida.

Além disso, juros menores também costumam ser utilizados para dar um gás na atividade econômica. Ou seja, o COPOM pode, ao perceber que a economia está em marcha lenta, atuar para reverter esse quadro e colaborar com o crescimento econômico.

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Quais as consequências na queda da taxa de juros em empréstimos e financiamentos?

O atual quadro econômico do Brasil favoreceu justamente a queda constante da taxa SELIC, fazendo com que ela chegasse a índices historicamente baixos, como indicamos no texto. Todavia essa redução não aconteceu do dia para a noite e é resultado de um longo ciclo, que começou em agosto de 2016, quando os juros estavam em 14,25%.

A combinação de inflação sob controle e economia em ritmo lento permitiu que o COPOM fosse progressivamente cortando a taxa, até chegarmos aos 4,5% de dezembro de 2019, o que afeta diretamente investimentos e também empréstimos e financiamentos, que são o enfoque deste post.

Dessa forma, como a SELIC afeta todas as operações de crédito no país, com ela em 4,5% é mais provável que o consumidor ou empreendedor interessado em um empréstimo ou financiamento consiga fazer isso com condições mais vantajosas do que quando a taxa de juros básicos estava em 14,25%, há pouco mais de 3 anos.

A explicação para isso é simples: a SELIC afeta diretamente o custo do dinheiro. Logo, uma taxa mais alta significa que praticamente todas as linhas de crédito disponíveis ficarão mais caras. Com isso, a quantidade de dinheiro circulando na economia tende a diminuir, o consumo cai e a inflação cede.

Do outro lado, a SELIC baixa, como está atualmente, ajuda a reanimar a economia, estimulando o consumo e também favorecendo a vida de empresários e empreendedores, que podem contar com crédito mais barato para financiar seus negócios.

Muitos fatores fora do radar podem impactar a economia do país ao longo do ano, fazendo com ocorram mudanças não previstas na SELIC. Além disso, diante do patamar historicamente baixo atual, é difícil imaginar novos cortes significativos na taxa. Logo, se tudo correr conforme esperado, é bem provável que a taxa básica de juros se mantenha parecida com a atual durante 2020.

Contudo, como toda previsão, essa pode não se concretizar. Logo o melhor momento para aproveitar os juros mais baixos talvez seja agora. Com uma boa pesquisa, é possível encontrar linhas de crédito mais convidativas, principalmente quando comparadas com tempos atrás.

Mesmo que as condições gerais para contratar um empréstimo ou financiamento estejam mais vantajosas, é preciso pesquisar bastante na busca de empréstimos e financiamentos. A taxa SELIC não é o único fator que impactas nos juros cobrados por bancos e demais instituições financeiras, que incluem no chamado Custo Efetivo Total (CET) outros encargos, como impostos, margem de lucro, risco de inadimplência, entre outras cobranças.

Ou seja, ainda que a queda da taxa de juros propicie um ótimo momento para quem está a procura de crédito, é sempre importante analisar diversas opções em busca daquela mais vantajosa e que esteja alinhado com a sua necessidade. Dessa forma, é possível tirar mais benefícios da redução da SELIC.

Já conseguiu aproveitar a redução dos juros? Ou ficou com alguma dúvida? Conte-nos deixando seu comentário logo abaixo!

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