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Confira 4 dicas de como negociar dívida de cartão de crédito

Contar com um cartão de crédito na carteira é uma comodidade e tanto. Com ele, é possível pagar suas compras de forma segura e prática, além de poder dividir o pagamento em várias vezes sem juros, seja em lojas físicas ou virtuais. Por fim, ainda é possível aproveitar os programas de pontos, que permitem aproveitar determinados benefícios.

No entanto é necessário ter cuidado com a fatura. Se ela não for paga em dia e de forma integral, os valores podem se transformar em dívidas que vão complicar o seu bolso. Se esse já é o seu caso, veja como negociar dívida de cartão de crédito de forma eficiente e saía desse sufoco. Boa leitura!

Quais os perigos das dívidas no cartão de crédito?

Vamos combinar que nenhum tipo de dívida em atraso é legal, não é mesmo? Elas trazem preocupação para a rotina de qualquer um, além da possibilidade de ter seu nome incluído nas listas de devedores dos órgãos de proteção ao crédito, ver sua nota de score cair muito e ter problemas na hora de solicitar empréstimos, financiamentos ou quaisquer outras linhas de crédito.

Mas o que torna a dívida do cartão de crédito mais perigosa que outras? Boa parte disso está nos altos juros cobrados nessa modalidade de crédito, principalmente quando a fatura não é paga na data certa ou de forma integral. Em novembro de 2019, a média das taxas cobradas chegou a mais de 317% ao ano, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central.

Por isso, todo cuidado é pouco na hora de lidar com o cartão de crédito. Na hora das compras, é importante planejar cada aquisição para entender qual o seu peso na fatura do mês seguinte. Além disso, na hora de parcelar as compras, pense não apenas no tamanho da parcela, mas também em seu impacto durante todo o período do parcelamento. Pequenas prestações em grande quantidade são uma causa frequente de faturas sem controle.

Por fim, sabe aquelas viagens constantes de carro de aplicativo de pequenos valores ou os pedidos no delivery de comida? Por menores que sejam, a soma de todas elas pode assustar na fatura do mês seguinte. Então pense sempre bastante antes de chamar aquele carro em vez de andar 10 minutos e não invente desculpas para não cozinhar em casa.

Também preocupado com o alto nível do endividamento gerado pelo cartão de crédito, o próprio Banco Central tomou medidas para diminuir o peso dos juros nessa modalidade de crédito, alterando algumas regras envolvendo o pagamento mínimo.

Desde abril de 2017, o cliente só pode pagar o mínimo da fatura e permanecer no chamado crédito rotativo por apenas 30 dias consecutivos. Depois disso, o banco precisa oferecer uma linha de crédito para parcelamento da fatura com juros menores.

Como fazer uma boa negociação

Se essas dicas não chagaram até você a tempo e as dívidas com o cartão de crédito já estão batendo à porta e se acumulando, talvez a melhor saída seja procurar o banco ou instituição financeira na qual o seu cartão está atrasado, para propor uma negociação e, assim, encontrar a melhor forma de quitar o débito. Para ter mais chances de obter sucesso, confira algumas dicas indispensáveis.

1. Conheça as opções de pagamento

Antes de procurar a instituição financeira e colocar essa primeira dica em prática, é necessário que você olhe suas contas, analise quais pontos levaram ao descontrole na sua fatura e reorganize o orçamento, tanto para não criar mais débitos quanto para abrir espaço nas contas. Isso, justamente para quitar a dívida do cartão, antes que o tamanho dela se amplie ainda mais.

Com a lição de casa feita, procure a instituição financeira para expor seu problema e mostrar sua disponibilidade para resolvê-lo da melhor maneira. Isso pode ser feito tanto pessoalmente quanto pelos canais de atendimento disponibilizados pela empresa.

Depois disso, a primeira informação a ser solicitada é o tamanho da dívida e as maneiras como ela pode ser paga. Normalmente, as formas mais comuns são por meio da quitação à vista, do parcelamento ou, ainda, pela contratação de um empréstimo que cubra o valor da dívida, substituindo o débito no cartão de crédito pelo pagamento do empréstimo.

2. Se atente aos juros, taxas e encargos cobrados

Embora seja importante escolher uma forma de pagamento compatível, é essencial não descuidar de qual será o tamanho dos juros, taxas e demais encargos cobrados nessa negociação. Muitas vezes por trás de uma parcela pequena ou de um longo prazo de pagamento, estão juros altos, que tornam a proposta menos atrativa para o cliente.

A melhor estratégia para ter uma dimensão melhor das cobranças feitas é por meio do chamado CET (custo efetivo total), que soma num único número a taxa de juros, multas, impostos e quaisquer outras cobranças feitas na operação. Comparando diferentes taxas de CET, dá para saber qual proposta é mais vantajosa para seu bolso e não colocará você em um novo problema no futuro.

3. Avalie o prazo de prescrição

A prescrição de dívidas é um ótimo exemplo de história contada pela metade, já que é bem comum ouvir por ai que depois de 5 anos uma dívida caduca, tornando desnecessário pagá-la.O que acontece, na realidade, é que após esse período, as dívidas não podem mais ser incluídas nas listas de cadastro de devedores dos órgãos de proteção ao crédito.

Entretanto a dívida continuará existindo, o que poderá fazer com que a empresa continue cobrando-a e repasse para terceiros fazerem essa cobrança. Essa dívida também prejudicará futuras análises de crédito, diminuindo as chances de elas serem aceitas.

4. Não ultrapasse a capacidade de pagamento

Com as propostas em mãos, seja realista e mantenha os pés no chão. Por mais que a vontade de ser livre da dívida o quanto antes seja grande, pense bem antes de fechar negócio, principalmente para que o novo compromisso não ultrapasse sua capacidade de pagamento.

Tenha em mente que é de interesse dos credores receber pelo menos parte do dinheiro de volta. Lembre-se, também, de que não cumprir o novo compromisso assumido pode prejudicar ainda mais sua reputação no mercado e dificultar novas negociações, já que as empresas hesitarão em conceder descontos e condições mais favoráveis caso o primeiro acordo seja descumprido.

Saber quais são as formas de pagamento, conhecer os juros e ter noção da sua capacidade de pagamento são as melhores recomendações de como negociar dívida de cartão de crédito e solucionar esse problema. Com isso, será possível ter uma vida financeira mais tranquila e organizada.

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Marcos Junior

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