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Sempre que pensamos em mobilidade urbana, existe um veículo que se destaca, tanto pela agilidade como pelo baixíssimo consumo de combustível: as motocicletas! Por conta dessas vantagens, muitos dos nossos leitores se pegam em um curioso dilema. Afinal de contas, o consórcio de moto vale a pena?

Da forma como percebo, essa é uma dúvida comum entre os consumidores, principalmente àqueles que ainda não conhecem a modalidade. Por isso, aproveitei o momento para elaborar este post, compilando tudo o que você precisa saber sobre o tema. Acompanhe!

O que é o consórcio e como essa modalidade funciona?

O consórcio é uma modalidade de compra para a aquisição de bens, tal como imóveis e veículos no geral. No entanto essa descrição ainda não faz jus à categoria, pois o financiamento tem a mesma definição.

Nesse sentido, o grande destaque do consórcio é ser uma categoria que mistura financiamento coletivo, poupança individual e taxas de juros mais baixas. Eita! Ficou muito abstrato? Calma, que a gente descomplica! Basicamente, a modalidade é assim pelos seguintes motivos:

  • todo consórcio precisa ser composto por um grupo de consorciados;
  • o consórcio não é uma operação de crédito e muito menos um investimento.

Com isso em mente, podemos seguir para a explicação. Antes de qualquer coisa, para um consórcio existir, é necessário que se forme um grupo de consorciados. Esse grupo é um conjunto de consumidores que tem o mesmo objetivo que o seu, comprar um determinado bem da mesma faixa de preço.

Já quem reúne esses grupos são as consorciadoras — empresas administradoras dos consórcios. Para participar, um cliente solicita sua entrada, selecionando qual bem deseja consorciar. Então, a instituição coloca esse consumidor em um grupo de outras pessoas com um objetivo semelhante que, nesse caso, seria a compra de uma moto.

Mas, então, você pode estar pensando: mas por que esse grupo de pessoas é tão importante? Bem, é aqui que entra a ideia do financiamento coletivo. Pois veja, diferentemente do tradicional financiamento de moto, o consórcio não é uma operação de crédito, ou seja, não há nenhum valor sendo emprestado ao consumidor para a compra do bem.

Nessa modalidade, o consorciado contrata um plano de pagamento com prazo, valores e taxas pré-definidas e, todos os meses, quita a sua mensalidade. Então, mensalmente, os pagamentos dos consorciados formam um fundo de reserva.

O valor desse fundo é utilizado para dar a carta de crédito — título de compra no valor do bem consorciado — para os contemplados do mês. A contemplação, por sua vez, tende a acontecer nas seguintes situações:

  • sorteio — quando o consumidor está durante a quitação do contrato e é sorteado em uma das assembleias mensais;
  • lance — quando o consumidor faz o maior lance em uma das assembleias;
  • quitação — quando o consumidor paga todo o valor do seu contrato.

Inclusive, esse funcionamento tem tanto um lado positivo como um negativo. O aspecto positivo é justamente a menor taxa de juros. Como você pôde ver, o consórcio funciona como um depósito recorrente na sua poupança para a compra da moto.

Como não há um empréstimo para a compra do veículo, como ocorre no financiamento, essa é uma modalidade bastante acessível, a ponto inclusive de nem exigir que o CPF do consumidor esteja positivo — como sempre, vale notar que você pode pesquisar seu nome. Mas e quanto aos pontos negativos? Siga em frente e entenda!

O que considerar nessa modalidade?

Como costumamos dizer, nem tudo são flores. Sim, é fantástica a acessibilidade que o consórcio oferece ao consumidor, criando oportunidades para que muitas pessoas acessem essa compra. No entanto, existem alguns detalhes que precisam ser considerados. Veja!

Tempo

Sem sombra de dúvidas, o tempo é o fator que mais pesa nessa decisão. Ok, a compra é relativamente mais barata pois as taxas são mais baixas. No entanto, diferente do financiamento, o consórcio não permite que você saia do pátio da concessionária com a moto — muito pelo contrário!

Nessa modalidade, você precisa aguardar sua contemplação, o que pode acontecer por sorteio logo no pagamento da primeira mensalidade ou simplesmente nunca acontecer, de modo que você precise esperar todo o prazo, só sendo efetivamente contemplado no momento da quitação do seu contrato.

Já pensou nessa possibilidade? Começar a pagar uma moto hoje e só poder retirá-la no 48º mês após a compra? Pois bem, essa é uma questão que deve ser considerada, pois está prevista no funcionamento do consórcio. Por isso, é importante entender a modalidade antes de optar por ela precipitadamente.

Quitação

Para além da questão tempo, ainda existe um outro fator oculto a ser considerado, a aprovação da carta de crédito. Pois veja, lembra que falamos que o consórcio é acessível, sem nem exigir comprovação de renda, crédito, nem nada?

Bem, isso é comum na contratação, pois até ser contemplado antecipadamente, você não está retirando nenhum crédito pelo qual não pagou. Mas quando você é sorteado e com isso contemplado, ganha o direito de acessar a carta de crédito. A situação delicada é que a consorciadora pode reprovar a carta caso o seu Score esteja baixo.

Talvez aqui você esteja se questionando: mas como assim, por quê? Bem, digamos que você é sorteado tendo pagado apenas 3 parcelas de 48 totais. Beleza, você está no seu direito previsto de contemplação. No entanto, agora é a consorciadora que segura o risco nas mãos em te conceder a carta de crédito.

Se eles aprovam a carta e você tem um Score baixo, é alta a probabilidade de que você deixe de honrar com os pagamentos. Afinal de contas, é justamente isso que a escala de 0 a 1000 avalia — a probabilidade estatística do consumidor atrasar uma conta dentro de 12 meses.

Assim, caso você não tenha uma boa pontuação ao momento que foi contemplado, precisará esperar efetivamente até o momento da quitação ou passar por uma situação incômoda, anexando um Devedor Solidário no seu contrato, uma espécie de fiador que se responsabiliza pela dívida caso você entre em inadimplência.

O consórcio de moto vale a pena?

Depende. Definitivamente, essa é a melhor resposta para essa pergunta, e nós explicamos o porquê.

O consórcio é uma boa modalidade para quem…

  • quer começar um plano de aquisição hoje, mesmo que em uma situação mais delicada;
  • não conta com a quantia necessária para dar a entrada em um bom financiamento;
  • não se importa em esperar por um longo período para retirar o veículo.

O financiamento é uma boa modalidade para quem…

  • já reuniu uma boa quantia para negociar como entrada no financiamento;
  • não quer depender da sorte para conseguir uma retirada antecipada;
  • não quer envolver nenhum terceiro em seu contrato;
  • deseja retirar a moto o quanto antes.

Como pôde ver, as modalidades se diferenciam bastante, cabendo a você avaliar ambas as alternativas com cuidado, escolhendo aquela que é mais compatível com a realização dos seus objetivos.

E aí, gostou deste post explicando se o consórcio de moto vale a pena? Então aproveite esse momento para conhecer o portal da Youbo, uma plataforma especializada em serviços financeiros!