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Quer saber como sair do cheque especial? Confira 7 dicas

Em muitos casos, o cheque especial pode ser uma comodidade e uma grande ajuda nos momentos de aperto, quando surge uma conta inesperada ou pinta um boleto não previsto. Com ele, o cliente tem um limite pré-aprovado direto na sua conta e pode utilizá-lo a qualquer momento, sem qualquer burocracia.

Todavia, se não utilizando com cautela, esse auxílio pode se transformar em um problema, principalmente por causa dos altos juros cobrados. Por isso, quem já está enrolado nessa forma de crédito, precisa conferir estas dicas de como sair do cheque especial e, com isso, organizar as finanças. Boa leitura!

1. Saiba qual o tamanho do buraco

Para sair do cheque especial o primeiro passo é dimensionar o tamanho do problema. Pode ser complicado abrir a conta corrente e se deparar com aquele saldo negativo enorme, mas só conhecendo a dimensão do desfalque no extrato é que será possível estabelecer formas de sair dele.

Para isso, veja qual o tamanho do saldo negativo não apenas no momento atual, mas também nos últimos meses. Pode ser que o problema seja pontual e decorrente de algum imprevisto recente ou vem se estendendo por muito tempo. Ambas as situações devem ser enfrentadas, mas talvez cada uma delas exija medidas diferentes.

2. Controle suas finanças

Independentemente do tamanho do problema envolvendo o cheque especial, resolvê-lo passa por tomar as rédeas das suas finanças. Um dos motivos mais comuns para o uso excessivo do limite e posterior endividamento é não saber com clareza quanto se ganha e quanto se gasta mês a mês.

Por isso, é importante controlar com cuidado cada centavo que entra e saí da sua conta corrente. E a melhor forma de fazer isso é anotando de forma detalhada todos os gastos realizados, incluindo aqueles menores e aparentemente inofensivos, como o docinho depois do almoço.

Existem várias ferramentas para ajudá-lo: desde um caderninho até aplicativos pelo smartphone, passando por planilhas eletrônicas. De todo modo, seja qual for o método escolhido, o importante é manter a disciplina e incluir centavo por centavo gasto nas suas anotações. Com o passar do tempo, você pode até mesmo incrementar suas anotações, dividindo os gastos por categoria, por exemplo.

Fazendo isso por algumas semanas, será possível ter uma visão geral sobre como anda a situação do seu orçamento. Se você está pendurado no cheque especial, é bem provável que seus gastos estejam superando a renda disponível.

Com isso, é necessário fazer cortes, identificando e reduzindo despesas que não sejam essenciais, agindo para eliminá-las ou ao menos reduzi-las. Além disso, prefira sempre pagamentos à vista e evite parcelamentos, principalmente se você não sabe se terá o dinheiro disponível para honrar com todas as parcelas. Com a preferência pelas compras à vista também fica mais fácil barganhar desconto.

Reorganizando as finanças é possível abrir margem no orçamento justamente para conseguir contornar as pendências com o cheque especial.

3. Mantenha a atenção na sua conta corrente

Utilizar a conta correte é bem prático, já que é possível centralizar seus gastos em único local, seja o pagamento de contas, compras no cartão de débito e saques. Entretanto, é preciso reforçar a atenção para não se enrolar ou se manter enrolado com o cheque especial.

Para isso, fique atento ao saldo efetivamente disponível (ou seja, o dinheiro que você tem para gastar) e o limite do cheque especial concedido. É comum confundir os dois e entrar no limite sem sequer notar. Pensando nisso, o Banco Central passou a exigir dos bancos mais detalhes e clareza nas informações sobre esse tipo de crédito.

4. Converse com seu gerente

Na dúvida, converse sempre com seu gerente. Ele pode esclarecer dúvidas sobre os juros e taxas cobradas e prazos de pagamento, além de fornecer alternativas mais em conta, se esse for o caso.

É bem provável que ele comunique as novas regras do cheque especial, caso você ainda não as conheça. Desde janeiro de 2020, os bancos não podem cobrar juros maiores que 8% ao mês nessa modalidade de crédito. Em compensação, está permitida a cobrança de 0,25% sobre os limites superiores a R$500.

5. Negocie a dívida

Se a situação apertou de vez, a melhor saída é buscar uma negociação junto a instituição financeira. Essa estratégia ajuda a manter ou tirar seu nome dos serviços de proteção ao crédito.

Na hora de abrir essa negociação, a regra principal é ser honesto sobre a suas condições, tanto consigo mesmo quanto com o banco. Sem isso, há o risco de você assumir um acordo sem que haja capacidade de honrá-lo, o que torna o problema ainda pior. Logo chegar na negociação com o orçamento mais ou menos em ordem, como indicamos neste texto, ajuda a saber qual sua condição de arcar com esse pagamento.

Com uma boa negociação, é possível até mesmo obter descontos em juros e multas, principalmente se o pagamento for feito em uma única vez. De todo modo, não hesite em recorrer a parcelamentos, que também podem oferecer esses descontos, ainda que menores. Outra dica valiosa é não aceitar logo de cara a primeira proposta oferecida sem antes avaliá-la com calma.

6. Reduza ou cancele o limite disponível

Conseguiu um alívio no cheque especial, seja organizando o orçamento ou por meio de uma negociação? Que tal, então, agora considerar reduzir o limite disponível ou mesmo cancelá-lo? Essa opção pode evitar problemas futuros, que podem demorar para ser contornados.

Se a escolha for por manter o limite, reduza a um patamar compatível com o que você ganha e nunca considere esse valor como parte do orçamento. O cheque especial deve sempre ser visto como algo a ser utilizado em casos de emergência, quando não há outras alternativas disponíveis para resolver o problema que surgir.

7. Conte com alternativas

Justamente para não recorrer sempre ao cheque especial, que tal contar com alternativas para os momentos de aperto? A primeira delas pode ser manter uma reserva financeira. Pode ser um pouco complicado, mas se esforce para separar pelo menos um pouquinho de dinheiro para acumular uma poupança para quando surgir um imprevisto. Conseguir uma fonte de renda extra também é uma saída.

Se utilizado com cuidado, o cartão de crédito também pode ser uma alternativa, principalmente porque não há cobrança de juros se a fatura for sempre paga em dia. Além disso, é possível aproveitar outras vantagens do cartão de crédito, como o acúmulo de pontos e a participação em programa de descontos.

O crédito consignado também pode ser uma alternativa interessante ao cheque especial ou cartão de crédito. Seu pagamento é feito por desconto direto na folha de pagamento e com isso, os juros são menores.

Seja qual for a forma de crédito escolhida, é essencial utilizá-la com consciência sempre. Entender como sair do cheque especial é importante, mas o melhor mesmo é não ter que depender dele, para, assim, manter suas contas sempre em ordem e ter mais tranquilidade.

Agora, aproveite e entenda melhor como funciona o crédito consignado e veja quais são as vantagens.

Marcos Jr

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